Dica aos que estiverem interessados em assistir "Estomago": é bom levar, além do dinheiro do cinema e da pipoca, um extra para o jantar. O longa brasileiro, estreado em 11 de abril, é tão sensorial que nos deixa com fome. O “Estomago” atrai pelos planos fechados, pelas cores, pela sincronia musical envolventes, e acima de tudo pelo casal, interpretado pelos atores Fabíula Nascimento (Íria) e pelo personagem principal, João Miguel (Raimundo Nonato ou Alecrim), conhecido pelo “Cinema, Aspirinas e Urubus”.
Em seu primeiro longa, a curitibana Fabíula mostra com muito talento a beleza fora do padrão, especialmente na cena da casa de strip com o modelito “noiva sensual”. E João Miguel, vencedor de Melhor Ator do Festival do Rio 2007 por sua atuação, com aquela feição de garoto-perdido-espertinho. Formam o casal perfeito e faz o público torcer por um beijo na boca. Vale lembrar a brilhante (como sempre) participação de Paulo Miklos.
A montagem arrasou e soube muito bem levar a história nem um pouco linear de Nonato. A direção de arte também fez um belíssimo trabalho com a fotografia (o constante uso das opostas vermelho e verde faz lembrar Amelie Poulain). Parabéns também a Giovanni Venosta, responsável pela música que, acompanhando o ritmo e clima da obra, faz uma reviravolta nos últimos minutos do filme.
Cinco estrelinhas para “Estomago”, dirigido por Marcos Jorge.
P.S.: Liora não é especialista ou crítica, é uma estudante de jornalismo e cinema, apreciadora da sétima arte.
Para saber mais, veja o Site oficial. A foto é de divulgação.