quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

"tudo que não invento é falso"

Essa é só uma das sábias frases de Manoel de Barros. Como pouco se sabe sobre o poeta, nada melhor do que ouvi-lo contar. O documentário "Só Dez Por Cento É Mentira" fica até o dia 04 de fevereiro em somente uma sala do Shopping Frei Caneca.

Como se não bastasse o tema, que já seria motivo suficiente pra todo mundo ir ao cinema, o filme é encantador pelas imagens belas, pelos entrevistados muito bem escolhidos e pela reflexão que nos proporciona sobre a criatividade, a invenção e a poesia de Barros.

Vá, entregue-se e apaixone-se.



PS: quando eu crescer, quero fazer um documentário como esse.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

e São Paulo será tomado por cores...


A partir de amanhã (sábado, dia 23), São Paulo estará mais iluminada e colorida. Tudo isso, sim, envoltos por concreto. Mas a magia, eu sei, vamos poder sentir no ar. É a exposição "O Mundo Mágico de Marc Chagall" que chega ao Masp com 178 gravuras do pintor russo radicado na França.

A mostra conta com séries completas do Chagall, como a "Bíblica" - a maior, com 105 ilustrações de aquarela - e com a "Fábulas de La Fontaine". Mas minhas preferidas, pelas cores que fazem os olhos arregalarem e sorrirem, são as 42 gravuras de “Dafne e Cloé”, inspirados no mito grego. A imagem que ilustra essa nota, inclusive, integra essa série, que pude ver meses antes, numa exposição mais completa, em Belo Horizonte. Mas fico feliz em poder ver de novo, gravuras doces de toques finos e cores únicas que, tristemente, não voltarão tão cedo.

Serviço
A exposição fica de 23 de janeiro a 28 de março no Masp (Av. Paulista, 1578, São Paulo). A visitação acontece de terças a domingos e feriados, das 11h às 18h. Às quintas, até mais tarde, das 11h às 20h. O preço é R$ 15 (meia R$ 7) e gratuito para crianças de até 10 anos e senhorzinhos acima de 60 anos. Às terças-feiras a entrada é gratuita para todos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

tudo dentro de nós


Dunas, águas claras, céus coloridos, folhas secas, flores laranjas. Imagens lindas (que me lembraram o nordeste, mas foram rodadas na Austrália). Um garotinho e músicas um tanto graciosos também. Os monstros dão medo na hora de dar medo e arrancam sorrisos quando são doces - os meus monstros também seriam assim. Nem parece um filme de um cara que dirigiu “Quero Ser John Malkovich” nas telonas ou produziu “Jackass” na TV. Spike Jonze me surpreendeu em "Onde Moram os Monstros".


Não vou contar o filme. Deixo que o trailer faça esse serviço. Aconselho pois é desses leves, que nos transporta a uma viagem fantástica. E todo mundo precisa de um pouco de fantasia. Me faz refletir no porque deixamos de usar a imaginação quando crescemos. Responsabilidades? Seriedade? Falta de tempo? Ou burrice, puramente? Existem tantas respostas dentro de nós, mas não há nenhuma busca. Perda de tempo e de capacidade. Enfim.


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ficção com bichinhos azuis? Não somente.


Avatar, criação de James Cameron (estranhamente o mesmo de Titanic), foi o último filme de assisti em 2009. Sem saber do que se tratava, levei meu irmão mais novo - afinal 3D nunca é demais, não é?

Começo já dizendo que sons de metralhadora me dão náuseas, que não sou fã de filmes de ação, que vida em outros planetas não me despertam a curiosidade e que efeitos especiais não me emocionam. Bom, aparentemente eu não era a espectadora que se esperava deste filme.

E eu me encantei. Me rendi as suas belas imagens, a sua floresta lindamente viva e colorida. E principalmente a esse povo, os Na’vi, e sua profunda ligação com a natureza. Para mim, a história do filme foi a parte mais impressionante e reflexiva que encontrei sentada no banco da sala de cinema.

O relacionei com o que os índios passaram com a chegada dos europeus por aqui. E também com o que o homem ainda continua fazendo contra a natureza, que é sim a grande deusa e criadora do mundo.

E é esta mesma natureza (ou o que resta dela) que deveria ser aliada e não explorada. Acredito que Cameron diz isso de uma forma comercial, mas não menos impactante. Por estas e outras, por ser visualmente lindo e por passar uma mensagem sincera e até urgente, eu aconselho Avatar a todos (especialmente o 3D, do qual assisti duas vezes).